Diário de um ansioso

 Olá, se você ainda não leu a Parte I, que mostra como eu estava antes de sentir o impacto do Transtorno de Ansiedade Generalizada, segue o link: <https://decimoni.blogspot.com/2021/05/diario-de-um-ansioso-i-o-caldo-do.html>. Nesta Parte II, vou apresentar como a doença se manifestou em mim. Após ir ao Pronto Socorro achando que eu estava tendo um ataque cardíaco, eu procurei um Cardiologista para realizar exames mais específicos porque na minha cabeça, meu coração, aos 27 anos, fazendo academia todos os dias, com alimentação regulada, estava parando. Passei no primeiro médico em novembro mesmo, um Cardiologista, com queixas de taquicardia, falta de ar e dor no peito. Fiz um eletrocardiograma no consultório e ele disse que estava tudo bem. Eu insisti que não estava confiante, então, ele me pediu vários outros exames... Novamente, nada. Focado na dor no meio do peito, pensei em câncer de pulmão. Neste momento, eu já não conseguia mais focar no trabalho, na vida pessoal, não dormia

Quando ouço alguém dizer que está ansioso, eu logo penso: "não, você não sabe o tamanho da besteira que está falando". Claro que é uma reação minha desproporcional e arrogante, mas depois que fui diagnosticado com Transtorno de Ansiedade Generalizada, o popular "sou muito ansioso" me dói os ouvidos. Em 2017, aos 26 anos, formado Bacharel em Engenharia Química, trabalhava como Técnico Químico em uma fábrica de tintas com um clima organizacional de uma confecção da década de 20, ganhando 2 salários mínimos (mesmo depois de ter passado 5 anos estudando engenharia, com prêmios nacionais de Iniciação Científica nas costas, falando inglês e alemão e tirando as melhores notas da faculdade), estudava mestrado em Engenharia Química com bolsa integral e estava em um relacionamento amoroso bem conturbado, onde eu não tinha dinheiro nem tempo para atender as exigências da minha ex-namorada. A frustação de receber um salário muito aquém da minha formação, não ter recebido nenhum